Levo a vida como quem leva um livro de bolso
Quando fico entediado eu o abro e releio
Neste meio tempo brinco e sorrio
Faço tudo sem rodeio
Perco a cabeça, encontro o motivo
Perco o lápis, releio o livro
Acho o perdido
Me sinto Vivo
Vejo o filme
Esfrego o chão
Abro todas as gavetas
Enquanto me aqueço no Fogão
Entrego o livro
Livro-me do livro então
Livro-me do livro bem livre
De livre e espontânea pressão
E de tanto livrar-me do livro
Que livramento livrar-me-à então?
Sei que o livro é o que me torna livre
Me livre do Amor-livre que é o mal do coração!
(Robson Nunes)
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